sexta-feira, 29 de maio de 2009

Rifa-se um coração...

Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado,
meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração
que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,é isso que eu espero..."
Um idealista...
Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz,
sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional
que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas,
mas que também arranca lágrima se faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,
ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente
contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo,
defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armadura se deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas:
"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo,só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer"
Rifa-se um coração,
ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda não foi adotado,
provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio,sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que,
mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar,
mas vez por outra,constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos
e a ter a petulância de se aventurar como poeta.

Clarice Lispector (Ela fala por mim!)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Tempo...

Mais uma vez...
Solidão que fica e pergunta que grita: Por que não aconteceu?
O que está acontecendo comigo??? Será que preciso sair do casulo? Ainda não estu com o preparado?
É...acho que sim...mas como sou impaciente...não sei esperar...
É a vontade e a necessidade de estar com alguém, ou melhor, de não ficar sozinha...
(Pensei que era a única...né Tânia?)

Tudo tem seu tempo...
Só não entendo porque o meu ta demorando tanto...

By Silvania

terça-feira, 19 de maio de 2009

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Meu riso no teu riso!

Se tudo vale a pena eu não sei...
Dar ouvido ao que as pessoas falam também não sei...
Seguir o que meu coração está pedindo eu também não sei...

São verdades que querem me fazer parar de lutar pelo que sinto...

Mas que verdades?
As atitudes dele podem ter suas razões...Não é certo julgar, sem ao menos procurar entender.
Eu quero entender...Preciso e devo.

Saudade...muita saudade...
Ter conhecido teu sorriso me fez sorrir novamente.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Dor

Mudanças...
Sentimentos que não deixam de burbulhar no meu íntimo...
Arrependimento, talvez. Consequências que poderiam ter sido evitadas, mas não evitei. Faz-se necessário essa desolação, que dói no peito a ponto de me esquecer.
De lembrar quem sou eu, pra que vivo, por que vivo e pra quem realmente devo viver.

Dor...
Dor...
Dor...

Não dá pra esquecer o que se sente...