terça-feira, 16 de junho de 2009

Clarice fala por mim...

Ah, e dizer que isto vai acabar, que por si mesmo não pode durar. Não, ela não está se referindo ao fogo, refere-se ao que sente. O que sente nunca dura, o que sente sempre acaba, e pode nunca mais voltar. Encarniça-se então sobre o momento, come-lhe o fogo, e o fogo doce arde, arde, flameja. Então, ela que sabe que tudo vai acabar, pega a mão livre do homem, e ao prendê-la nas suas, ela doce arde, arde, flameja.

"Onde estivestes de noite" - 7ª Ed. - Ed. Francisco Alves - Rio de Janeiro – 1994
Clarice Lispector

Especialmente para Tânia Freire

3 comentários:

MissUniversoPróprio disse...

Ow querida...essa injustiça a que me refiro não tem a ver com aquele a quem tanto dedico meu sentimento...

São outras coisas da vida...

Mas obrigada, viu?

Beijão!

MissUniversoPróprio disse...

Obrigada, amore! Vc viu que eu agora tenho um suposto 'fã' comentando no blog? kkkk Bjosss

MissUniversoPróprio disse...

kkkkkkkkkkkkkkkk

;) Beijosssssss